Que grande decepção com o Prof Correia de Campos. Negociar com Câmaras Municipais?...Por causa de umas manifestações de província cair em contradição?
O Ministro apresentou um plano de reestruturação das urgências. Muita gente, eu incluído, acredita que existe racionalidade nesse plano e que a determinação do ministro resulta de estar convicto da sua razão, o que justifica até a atitude algo arrogante que é a sua marca.
Este assunto tem grande densidade política e a aparente convicção e determinação do ministro aparentemente não chega. O estilo "é assim porque eu quero e pronto", provocou uma reacção alérgica de propagação rápida e abriu brechas no dispositivo da maioria.
Aparecem então os seis protocolos para tentar compor a coisa. Em seis municípios afinal é possível ceder aos autarcas, apesar do plano estar optimizado e de ser essa optimização a anterior justificação moral e política para as atitudes mais inflexíveis. Afinal o plano das urgências é negociável.
Houve no entanto alguns que ficaram de fora,as razões de inclusão ou exclusão não são compreensíveis para o cidadão comum. Provavelmente os incluídos vão sentir-se vendidos e os excluídos vão sentir-se ainda mais isso mesmo.
Não vai ser possível fazer reformas suportadas na força bruta nem na saúde nem em sector nenhum, acreditando que o "quanto mais me bates mais gosto de ti" vai funcionar sempre. Esse método só é possível em ditadura. Em democracia é mesmo necessário dialogar, como aliás se nota bem neste caso.