Friday, April 25, 2008


De rompante



Couraçada e muito armada,

transportando o passado prá Pontinha

A Chaimite deixou pela calçada

Um rasto encarnado de lama africana


De rompante pelo Carmo e p’la Trindade

Anfíbia e gloriosa

A Chaimite recolheu à vida ociosa

Da Lusitana antiga liberdade


Irrompe sempre em Abril na Avenida

A famosa e verde Chaimite

Indiferente ao regresso do passado,

porque agora está pintada em esferovite.