Wednesday, November 01, 2006

GASTAR MENOS


O orçamento para 2007 prevê um aumento das despesas com o funcionamento do estado. Eventualmente descerá a fracção do PIB que essa despesa representa, se o PIB crescer o suficiente, facto que depende muito do contexto económico mundial e muito pouco da acção do governo.

Para tentar cumprir o deficit optou-se por baixar o investimento (com excepção do TGV) e aumentar os impostos.

A solução encontrada pelo governo para, no futuro a médio prazo, conseguir gastar menos é uma reforma da administração “de cima para baixo”, do qual as primeiras leis orgânicas não dão sinais evidentes de eficácia reformadora.

O que vai acontecer se o estado não conseguir mesmo gastar menos? Vai ser sempre a receita dos impostos a resolver o assunto até morrermos de fome?

O Dr Medina Carreira é de opinião que a despesa do estado com o pessoal deve ser congelada até 2010 no nível de 2006, dando tempo a uma reforma do estado “de baixo para cima”, permitindo um trabalho mais detalhado na avaliação da utilidade e necessidade de cada departamento e, no limite, de cada funcionário. Isto é, voltar à “vaca fria” caso a caso, pacientemente, até colocar a eficiência do sistema em níveis adequados. Enquanto a reforma estivesse em curso a despesa permaneceria fria e congelada, os impostos não precisariam de aumentar e o incontornável Dr Macedo poderia acalmar um pouco.