GASTAR MENOS
O orçamento para 2007 prevê um aumento das despesas com o funcionamento do estado. Eventualmente descerá a fracção do PIB que essa despesa representa, se o PIB crescer o suficiente, facto que depende muito do contexto económico mundial e muito pouco da acção do governo.
Para tentar cumprir o deficit optou-se por baixar o investimento (com excepção do TGV) e aumentar os impostos.
A solução encontrada pelo governo para, no futuro a médio prazo, conseguir gastar menos é uma reforma da administração “de cima para baixo”, do qual as primeiras leis orgânicas não dão sinais evidentes de eficácia reformadora.
O que vai acontecer se o estado não conseguir mesmo gastar menos? Vai ser sempre a receita dos impostos a resolver o assunto até morrermos de fome?
O Dr Medina Carreira é de opinião que a despesa do estado com o pessoal deve ser congelada até 2010 no nível de 2006, dando tempo a uma reforma do estado “de baixo para cima”, permitindo um trabalho mais detalhado na avaliação da utilidade e necessidade de cada departamento e, no limite, de cada funcionário. Isto é, voltar à “vaca fria” caso a caso, pacientemente, até colocar a eficiência do sistema em níveis adequados. Enquanto a reforma estivesse em curso a despesa permaneceria fria e congelada, os impostos não precisariam de aumentar e o incontornável Dr Macedo poderia acalmar um pouco.
Wednesday, November 01, 2006
Tuesday, October 31, 2006
A REFORMA
Os trabalhadores do presente não podem ser acusados de falta de solidariedade com os mais velhos. Estamos a pagar escrupulosamente as reformas a toda a gente, das mais famosas às mais obscuras, do Banco de Portugal ao trabalhador rural, estamos a pagar até ao último tostão e a ficar pobres por causa disso.
Podemos no entanto ser acusados de graves faltas de solidariedade para com os mais novos. A pior dessas faltas é que não os geramos: em 1970 cada mulher tinha em média 3 filhos, em 2003 já só eram 1.5. Como, na larga maioria dos casos, cada filho é gerado por um homem e uma mulher, as gerações já não se renovam. Se não chegarem imigrantes extinguir-nos-emos inexoravelmente.
Não produzimos filhos pelas mesmas estúpidas razões que não produzimos tanta riqueza como os nossos vizinhos. Porque dá trabalho, e os filhos também dão trabalho.
Como não nos damos ao trabalho de produzir filhos eles , na vacuidade da sua inexistência, sentem-se no direito de não pagar as nossas reformas! Parecendo que não, isto é simples.
Parte do problema das reformas resolve-se fazendo e educando filhos. Se começarmos já, daqui a 25 anos já se notam os resultados. Os filhos para além de pagarem as reformas têm o benefício adicional de dar sentido às nossas vidas.
O referendo do aborto aparece a seguir à discussão sobre a reforma da segurança social. Trata-se de uma fuga clara à vaca fria.
Os trabalhadores do presente não podem ser acusados de falta de solidariedade com os mais velhos. Estamos a pagar escrupulosamente as reformas a toda a gente, das mais famosas às mais obscuras, do Banco de Portugal ao trabalhador rural, estamos a pagar até ao último tostão e a ficar pobres por causa disso.
Podemos no entanto ser acusados de graves faltas de solidariedade para com os mais novos. A pior dessas faltas é que não os geramos: em 1970 cada mulher tinha em média 3 filhos, em 2003 já só eram 1.5. Como, na larga maioria dos casos, cada filho é gerado por um homem e uma mulher, as gerações já não se renovam. Se não chegarem imigrantes extinguir-nos-emos inexoravelmente.
Não produzimos filhos pelas mesmas estúpidas razões que não produzimos tanta riqueza como os nossos vizinhos. Porque dá trabalho, e os filhos também dão trabalho.
Como não nos damos ao trabalho de produzir filhos eles , na vacuidade da sua inexistência, sentem-se no direito de não pagar as nossas reformas! Parecendo que não, isto é simples.
Parte do problema das reformas resolve-se fazendo e educando filhos. Se começarmos já, daqui a 25 anos já se notam os resultados. Os filhos para além de pagarem as reformas têm o benefício adicional de dar sentido às nossas vidas.
O referendo do aborto aparece a seguir à discussão sobre a reforma da segurança social. Trata-se de uma fuga clara à vaca fria.
Monday, October 30, 2006
Não se pode ignorar a vaca fria. Nenhum ser na terra é mais odiado do que este frígido bovino que gostamos de imaginar sem vida.
A vaca fria é uma espécie de fénix que renasce sempre que tentamos ignorar os problemas a resolver e que morre também na mesma ocasião.
Este blog é uma tentativa de manter viva a vaca fria, reconhecendo que é no seu frio e imperturbável olhar que residem todas as soluções.
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